Você já reparou que as empresas mais lucrativas são as que exploraram os recursos naturais da terra, deles se apropriam e lucram?

Empresas de petróleo e madeireiras, que por algum motivo se intitularam proprietárias de uma riqueza natural. Latifundiários que se tornaram grandes fazendeiros. Até quem explora o turismo por estar imerso em algum paraíso natural do mundo.

Em primeiro momento dá uma certa raiva dessa exploração de recursos naturais, afinal fazem mal ao planeta e é restrita àlgumas pessoas que, muitas vezes, desonestamente apropriam-se de algo que efetivamente não lhes pertence.

Por outro lado, isso me fez pensar a respeito dos recursos naturais, os dons naturais que cada pessoa possui.

E se você explorasse os dons naturais que já estão em você, são abundantes, são de sua propriedade?

Na sociedade atual tudo é tão padronizado, tanta regra de como deve ser, como não deve ser, que desconfio que a maioria das pessoas não tem muita ideia dos seus dons naturais.

Quando comecei a trabalhar com os arquétipos e perceber os padrões que podem se repetir na jornada de vida das pessoas, notei que existem dons naturais que se repetem nas histórias individuais, no entanto, talvez a própria pessoa não perceba ou não os explore adequadamente.

Alguns padrões são muito bem quistos pela sociedade atual: por exemplo, ter boa oratória, aparência pessoal padrão de galãs ou mulheres fatais de Hollywood, ser bom nas matérias de exatas.

Dons naturais maravilhosos, certamente, mas não são os únicos.

Quando a mídia e as redes sociais mostram o sucesso dessas

características, é como se as pessoas esquecessem que escrever bem é um dom natural, ser uma pessoa que se conecta as necessidades humanas é outro. Ter criatividade é um dom que nem todo mundo tem. As áreas de humanas também fazem parte do baú de tesouros de dons naturais. Ou seja, não existe dom melhor ou pior, existe o seu. Existe o seu recurso natural.

Quando você traz para consciência e separa esses dons em características palpáveis, como é o sistema dos 12 Arquétipos, você consegue enxergar esses dons.

Se você vai usar ou não esses recursos, vai depender muito da sua crença neles e na sua persistência em fazer disso a alavanca para seu diferencial no mercado. Em deixar sua marca no mundo.

E por que é tão difícil de acreditar no que você é capaz?

Porque sempre tem  forças externas nos influenciando a respeito do que é o certo, e normalmente a gente se deixa levar por elas.

E é aí que entra a história do strogonoff.

Eu não sou uma pessoa que gosta ou sabe cozinhar. Mas strogonoff eu sei fazer. Já fiz muitas vezes, sei que é gostoso, sei a mágica que uso e meus segredos únicos que fui aperfeiçoando ao longo de muitos jantares que fiz, com esse prato principal.

Até que um dia, recebi visitas e estava fazendo meu strogonoff junto com eles.

Ao que alguém diz

– Você não coloca molho de tomate?

– Não, no meu só vai Ketchup

– Não não, tem que ter molho de tomate.

Assim virou um vidro inteiro na receita.

– Tem salsinha aí?

– Tem sim

– Passa pra mim, vamos colocar

Eu ali no meio de todo mundo na cozinha, querendo passar para colocar mais creme de leite

Outro amigo olha para a panela e fala.

– Tá bom de creme de leite.

Me calei. Na minha receita sempre vai mais creme de leite. Mas achei que eles sabiam.

Resumo, aquele não era o MEU STROGONOFF e de longe, não ficou tão bom quanto o que eu sei fazer.

EU SEI FAZER, EU SEI QUE O MEU É BOM. Mas não tive força para acreditar no meu dom natural de fazer strogonoff e fui seguindo o padrão dos outros.

O resultado é que ficou tão bom.

Me perguntei.

– Por que eu deixei as pessoas me dizerem como deveria ser? Por que eu não acreditei no meu dom para isso, se isso é tão natural para mim.

E você está acreditando nos seus dons?