A primeira vez que dormi num hotel eu tinha 15 anos. As viagens anteriores sempre eram para casa de parentes. Era o que dava para os meus pais, na época.

Meu pai, no entanto, era sócio da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo. Então chegavam lá em casa umas revistinhas com as colônias de férias da associação.

Eu via aqueles quartos, com lençóis branquinhos e bem passados. Aquelas mesas com buffet de café da manhã e sonhava que um dia a gente podia se hospedar em um daqueles lugares.

Meu pai falava que era impossível, porque só havia 15 quartos para os funcionários públicos do estado de São Paulo inteiro e isso era feito por sorteio. Como nossa família era de 5 pessoas, ainda íamos precisar de 2 desses quartos. Qual seria a chance disso?

Sei lá! Era meu sonho.

Vi o dia do sorteio. Era em São Paulo, capital. Eu tinha 15 anos e nunca tinha ido para São Paulo sozinha e nem sabia chegar lá.

Naquela época não existia internet, o que dirá Google Maps. Peguei o guia de rua em papel, tomei o trem e lá fui eu.

Na sala do sorteio, sob a mesa, havia aquelas roletinhas de bingo. Cada pessoa tinha seu número. Até que bolinha por bolinha, quando chegou o ÚLTIMO QUARTO, o quarto número 15, saiu o número que estava na minha mão.

Gente! Que felicidade!

Eu ia viajar, eu ia ficar num HOOOOTEEEEL

Chorei, ri, pulei, só não abracei ninguém porque estava sozinha. Não podia nem ligar para ninguém, porque não existia celular.

Expliquei pra moça da associação que éramos 5. Ela deixou colocar uma cama extra no quarto, para que nós 5 pudéssemos viajar juntos.

Meus pais e meus irmãos nem acreditavam quando cheguei em casa e contei, mas todo mundo ficou muito animado.

Foi uma viagem maravilhosa Foi demais de bom.

Nem foto temos, porque não tínhamos câmera. Mas está na memoria de cada um de nós, porque já falamos muito cada momento dessa viagem.

De lá pra cá, já dormi em hotéis de mais de 50 países.

Nesse momento estou no exterior, em uma temporada de 3 meses, fazendo um curso de Psicologia e Arquétipos no Jung Center dos EUA.

Estudar direto na fonte, com os melhores do mundo no assunto, era pra mim também, um grande sonho.

Meus pais e meus irmãos nem acreditavam quando cheguei em casa e contei, mas todo mundo ficou muito animado.

Foi uma viagem maravilhosa Foi demais de bom.

Nem foto temos, porque não tínhamos câmera. Mas está na memoria de cada um de nós, porque já falamos muito cada momento dessa viagem.

De lá pra cá, já dormi em hotéis de mais de 50 países.

Nesse momento estou no exterior, em uma temporada de 3 meses, fazendo um curso de Psicologia e Arquétipos no Jung Center dos EUA.

Quando me dei conta que ia conseguir realizar mais esse sonho, pulei, sorri e chorei como aquela Andreia de 15 anos.

Estou te contando tudo isso, para lembrar para mim mesma (e pra você), que sonhos se realizam. Que sonhos podem acontecer!

Que aquele adolescente ousado e inconformado que vivia em nós, está vivo sempre e que podemos resgatá-lo para realizar nossos sonhos.

Que mesmo que você pegue a última BOLINHA DA ROLETA, ela tem o mesmo valor que a primeira. Seu sonho vai se realizar!

Postei essa história no Threads do Instagram e recebi dezenas de comentários sobre

✨ACREDITAR

✨PODE ACONTECER

✨INSPIRAÇÃO

✨REALIZAÇÃO DE SONHOS

E era justamente a narrativa arquetípica que pensei quando sentei para escrever esse texto.

Ela tinha o fio da narrativa do Arquétipo do Mago, que tem o lema: “Pode acontecer”.

As pessoas se conectaram com essa mensagem. Ela é verdadeira, é do meu coração e ainda sim, fez uma ligação com o coração e mente de desconhecidos, que podem ser meus potenciais clientes