O que você prefere: Um Tiffany, uma coxinha ou um amor?
Como os arquétipos trabalham com as necessidades humanas
Saí de uma ótica, com um desejo de comprar uns óculos da marca Tiffany.
Sei lá, tenho um encanto especial por azul. Aqueles óculos com detalhes azuis iam combinar com meu estojo de lápis, com minha agenda. Iam me dar felicidade.
A ótica ficava na lateral da praça da igreja que precisei atravessar para pegar meu carro, que estava no estacionamento do lado oposto.
No meio da praça, um homem, com aparência e ar bondoso me pediu um dinheiro para comer. Nessa hora doeu. Eu queria uns óculos de uma marca cara para combinar com meu estojo de lápis e um homem queria comida.
Falei pra ele: “estou sem dinheiro vivo, posso comprar algo para você comer ali naquela barraquinha. O que você gosta de comer?”
_Eu gosto de alimento. Sendo alimento, eu gosto de qualquer um. Adoro alimento.
” Adoro alimento”. Ouvir aquilo doeu mais ainda. Entendi o recado e fui na barraquinha que ficava na mesma praça.
Pedi uma coxinha, uma pamonha, uma coca. Eu gosto de uma comidinha não saudável. Achei que o moço ia gostar também.
Enquanto esquentava a coxinha, a senhora e o senhor, donos da barraquinha, conversavam com outro cliente que a eles perguntava :
_Há pouco passou aqui uma moça, cabelo preto, longo, liso, uma tatuagem no braço. Pele bem branca. Vocês sabem o nome dela?
_Ah moço, tanta gente passa aqui. Eu não lembro, você lembra amor? _ Perguntou a senhora.
_ Ah rapaz, eu era assim também quando conheci ela. Morria de vergonha. E veja só, agora já estamos juntos há 30 anos. Tome coragem e pergunte da próxima vez que ela passar _ Respondeu o senhor como um conselheiro amoroso que tem propriedade de causa
_Não é que eu tenho vergonha, eu tenho coragem, mas é que ela é tão linda.
Minha coxinha ficou pronta.
_Vai comer aqui ou pra viagem? R$ 22,00. Cartão?
_Pra viagem, por favor. Aproximação
Os conselhos amorosos continuavam ali no balcão da barraquinha. Eu com sorrisinho disfarçado, ouvindo aquela conversa alheia. Uma conversa leve do casal instruindo o rapaz, tímido e nervoso, sobre como conquistar o amor de sua vida.
Olhei para o rapaz, muito apreensivo. Parecia ser o maior problema de sua vida naquele momento. Peguei minhas sacolinhas de comidinhas gostosas, me despedi de todos e desejei boa sorte ao moço apaixonado.
Voltei pra praça e me dirigi ao moço que queria comida.
Me recebeu com um sorriso e um “Deus te abençoe”. Agradeci, retribui e caminhei para o estacionamento pensando.
” Uns querem óculos da Tiffany, alguns um alimento e outros o amor para toda vida.”
Como penso em arquétipos no marketing o tempo todo, acendeu uma luz na minha mente
” Gente, isso é a própria pirâmide de hierarquia de necessidades de Maslow, ao vivo e em cores”
Cada elemento da pirâmide tem um arquétipo de necessidade de clientes. Você pode aprender a tocar seu cliente se você conseguir se comunicar com essa necessidade básica
Aqui tem necessidade básica de segurança com a comida (arquétipo do prestativo). Tem necessidade de relacionamento e amor (arquétipo do amante). Tem necessidade de autorrealização e estima com os óculos (arquétipo do idealista/arquétipo da realeza).
“Vou escrever um e-mail sobre isso! Meus clientes vão gostar”
Se você quiser aprender a comunicar com os desejos dos clientes através dos arquétipos de marca e se destacar dos concorrentes, usando as técnicas de Branding Arquetípico, aproveita e entra para a lista de espera do Programa StoryBranding narrativas arquetípicas que marcam
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Não importa qual é o seu desejo na vida, ou do seu cliente. Se estiver no radar das suas prioridades, isso vai ser importante para você em um nível mais elevado.
E qual o problema disso?
Andreia Sales
Detetive de Arquétipos no Branding e Narrativas Arquetípicas de Marca