O que são narrativas arquetípicas?
O que são narrativas arquetípicas
Narrativas arquetípicas são histórias estruturadas em torno de um sentimento universal conhecido por todos os humanos através dos tempos em todos os lugares.
São arquetípicas, porque tem em seu cerne a ideia principal de um arquétipo.
Ou seja, uma narrativa arquetípica seja de uma marca, da ficção ou de um filme, tem por trás de seu enredo, uma ideia central conhecida pela humanidade. Um sentimento compartilhado de um arquétipo.
E quando usamos narrativas arquetípicas em nossas marcas, estamos buscando achar um ponto central conhecido pelo público inconscientemente, para que ele se conecte à nossa mensagem.
Narrativas Arquetípicas de Marca
O modelo de narrativas de marca voltadas a negócios
O ser humano aprende muito mais facilmente por histórias.
Quem já não viu uma criança atenta a uma história na hora de dormir e muitas vezes pedindo para repetir a mesma história várias vezes?
Isso acontece porque o modelo de histórias traz um entendimento rápido e prazeroso de aprender.
Uma marca, um negócio, que usa o modelo de histórias para se apresentar a seu público, causa o mesmo impacto na audiência ou na propaganda, que um conto de fadas causa em uma criança.
A Narrativa de Marca tem uma fórmula
Em geral há cursos para diversas formas de arte, como pintar, desenhar, tocar um instrumento.
Contar histórias também é uma arte, no entanto, raramente vemos cursos sobre escrita criativa.
E se for algo para a narrativa voltada a marcas e negócios menos ainda.
Mas a grande verdade é que narrativa, assim como todos os tipos de arte, possuem lições e fórmulas que podem ser aprendidas.
No caso da história, desde o tempo de Platão e posteriormente Aristóteles, já foi documentado o modelo de narrativa que prende a atenção das pessoas.
Mais recentemente, no século passado, o antropólogo Joseph Campbell estruturou esse modelo de história que se repete e criou o que chamamos de jornada do Herói
O que é a Jornada do Herói
A Jornada do Herói é um modelo de narrativa estruturado em 12 partes por Joseph Campbell
Campbell percebeu uma estrutura semelhante em vários mitos ao longo do tempo em diversos lugares do mundo e detectou estruturas comuns a todos, o que chamou de monomito.
Então o monomito, na verdade é a Jornada do Herói estruturada por Campbell.
O cinema Hollywoodiano começou a fazer seus roteiros estruturando todo o enredo baseado no modelo de Jornada do Herói e os maiores campeões de bilheteria seguiram a risca o modelo de Campbell
O mais legal é que você pode usar esse mesmo modelo também nos seus negócios
E onde entram arquétipos nas narrativas de marca e na jornada do Herói?
Toda Jornada do Herói é guiada por um arquétipo.
Ou seja, sempre tem um sentimento predominante, um modelo universal que guia a história e isso é arquétipo.
Por exemplo, muitas comédias românticas são leves e nostálgicas, o que tem um universo inteiro do Arquétipo do Idealista.
Algumas narrativas são conduzidas no arquétipo do amante, cheias de paixão e sentimentos intensos.
O que quer dizer que o modelo da Jornada do Herói pode ser usado em qualquer arquétipo, não apenas no arquétipo do herói.
Herói nesse caso é apenas sinônimo do personagem principal, o protagonista.
Esse é o Herói!
Mas o herói pode ser de qualquer arquétipo.
E como aplicamos narrativas arquetípicas às marcas?
Igualzinho nos filmes!
As mesmas fórmulas.
As propagandas mais memoráveis e emocionantes usam narrativas arquetípicas de marca.
Quer ver?
Você lembra da Propaganda: “O Primeiro sutião a gente nunca esquece”?
Se não lembra, veja aqui
Propagandas com Narrativas Arquetípicas de Marca: o primeiro sutiã a gente nunca esquece
O comercial O Primeiro Valisière (Sutiã) A Gente Nunca Esquece – 1987 foi criado pelo laureado publicitário Washington Olivetto, na época sócio da W/Brasil. Com essa peça, Washington criou umas das suas primeiras e mais lembradas propagandas a romper a barreira da publicidade, se tornando uma expressão popular. A partir do “Primeiro Sutiã A Gente Nunca Esquece” as propagandas começaram a se reinventar para deixarem de ser apenas uma interrupção na programação e vida das pessoas.
Qual narrativa arquetípica de marca envolvida nessa propaganda?
O arquétipo do cara comum, arquétipo da garota comum (ou arquétipo do realista, cidadã) é o arquétipo que guia essa narrativa de marca.
O arquétipo do cara comum ou garota comum fala sobre inclusão, pertencimento.
Quando alguém se sente excluído e tem um anseio de pertencimento está buscando os desejos do arquétipo do cara comum: inclusão, comunidade e pertencimento.
A propaganda do primeiro sutiã a gente nunca esquece tem a narrativa arquetípica de marca que inclui a garota comum, no círculo de garotas que usam sutiãs.
Antes ela se sentia excluída. Isso a fazia se sentir triste.
É assim que se usa arquétipos em narrativas de marca.
O protagonista (= cliente ou herói da história), identifica aquela narrativa arquetípica como verdadeira para ele.
Quem nunca se sentiu excluído alguma vez?
Quando esse sentimento é conhecido e universal (e é disso que se trata a comunicação através de arquétipos), existe uma identificação automática.
Sentimos que aquela história fala sobre nós.
Podem ser homens, mulheres, adultos ou crianças.
Na verdade não tem a ver com sutiã
Tem a ver com a identificação de se sentir excluído e com o final feliz de conseguir o heroísmo e o sucesso de conseguir pertencer.
Então essa propaganda usa a narrativa arquetípica de marca, com base no Arquétipo do Cara Comum ou Arquétipo da Garota Comum.
Deu para entender?
Você pode entrar na lista de espera do curso aprofundado de Narrativas Arquetípicas: StoryBranding – Narrativas que deixam marcas no mundo e se matricular na próxima abertura de vagas
https://narrativasarquetipicas.com.br/
Andreia Sales – Estrategista de Marca
Branding Arquetípico