Por que será que algumas pessoas se afetam tanto?

Ontem estive em um podcast, falando sobre Branding Arquetípico e Narrativas Arquetípicas para quem quer construir um legado com sua marca.

 

Assim que acabou o Podcast, minha caixa de e-mails e os 2 Whatsapps do meu suporte estavam bombardeados com a mensagem de uma pessoa falando que ia me processar por “cópia de conteúdo intelectual”

Dizia ela que era dona de um termo denominado “Persona Arquetípica” e que eu estava copiando um conteúdo de propriedade intelectual dela.

 

Pra começar, não falei esse termo durante o Podcast. O único termo que falei foi Persona, até porque essa combinação “Persona Arquetípica” é totalmente sem sentido para quem conhece de psicologia Junguiana

 

Vou aproveitar o momento para explicar o que é isso.

Quando meus alunos e mentorados detetives me procuram decidindo a ideia de um arquétipo para representar a ideia da sua marca, o caminho que eu indico é que o arquétipo decidido não seja sobre si própria, a pessoa em si, mas sim a mensagem do desejo do cliente que você deseja atender.

No entanto, quando se trata de uma marca pessoal, que também representa a ideia da mensagem nessa narrativa, essa pessoa também gostaria de representar algo.

Então eu explico (também falo disso no Podcast – mais pra baixo tem o link), que essa máscara social que você mostra para o mundo, que na verdade é a combinação de alguns arquétipos que você deseja que o mundo veja é chamado de Persona, na linguagem Junguiana.

Nem gosto tanto de falar esse termo solto, sem explicações mais profundas, porque se confunde com aquele termo “persona” que se usa em marketing digital, para designar o nosso cliente ideal.

Na psicologia Junguiana, “Persona” é o sinônimo da máscara social que o mundo vê. Então basicamente essa marca pessoal que queremos que o mundo veja é praticamente a tal persona que Jung diz.

Agora porque jamais faz sentido usar o termo “persona arquetípica” e nunca na minha vida eu faria um registro desses, teria um curso ou teria interesse de “copiar propriedade intelectual” de alguém que usa.

 

Porque segundo Jung, “Persona” é um arquétipo. Ou seja, essa combinação de várias ideias que mostramos para o mundo é um arquétipo. É a parte que nosso ego quer mostrar.

Então se persona é um arquétipo, não faz sentido nenhum usar persona arquetípica. É a mesma coisa de dizer arquétipo arquetípico. Termo doido! Termo redundante.

 

Para finalizar, o que concluí da ira toda dessa pessoa (que provavelmente está aqui nessa lista de e-mails como uma espiã), estava nos grupos do meu Whatsapp (antes de eu remover e bloquear) e que provavelmente me segue com perfil falso

 

Uma pessoa que está seguindo cada passo meu, como uma somba, de olho em tudo o que eu faço, provavelmente é uma pessoa que está frustrada porque estou vendendo e ela não, porque estou com uma relevância de marca que ela provavelmente acredita ser imerecida.

Sequer conheço essa pessoa, mas pode ser que ela tenha mais tempo de experiência, mais seguidores, melhor formação, sei lá, qualquer coisa que ela acredite que quem deveria ter a relevância que eu tenho deveria ser ela.

 

Muita gente passa por isso. Acredita que tem um grande conhecimento e isso por si só já seria suficiente para que o mundo a reconhecesse.

Mas a vida comercial não é assim. Precisamos saber empacotar nossos produtos de maneira atraente, precisamos divulgar de uma maneira interessante, em uma linha que faça sentido e provoque desejo nas pessoas. Não basta saber, precisa também que o mundo veja, reconheça e se interesse.

No Podcast falo sobre tudo isso, como trabalhar com essa “máscara social”, como puxar o fio da meada da comunicação, como fazer posicionamento e reposicionamento de marca para que sua marca seja desejada e reconhecida.

Aproveita para assistir e se por acaso eu pisei na bola e falei o termo “Persona Arquetípica”, me desculpem, porque seria um erro conceitual.

Assisti duas vezes para ver se realmente falei, mas não localizei.

Andreia Sales – Estrategista de Marca

Detetive de Branding Arquetípico e Narrativas Arquetípicas de Marca